A CAÇAMBA DA VEZ: CRÍTICA AO ESPETÁCULO IMOBILIÁRIO.
O nome "Caçamba da vez" faz referência ao termo utilizado pelo mercado imobiliário: "A bola da vez", isto é, quando um bairro, geralmente residencial, é escolhido para ser ocupado brutalmente por espigões.
A especulação imobiliária elege um bairro agradável, bem estruturado, com casinhas charmosas, cultura local e uma comunidade de convívio harmonioso. Não há dúvida! Esse bairro será "A bola da vez".
Enquanto as incorporadoras apresentam aos seus compradores esse bairro atraente, tratores e escavadeiras o exterminam.
As demolições são colocadas dentro de caçambas. Lá encontramos: história, identidade, cultura, convívio, afetos - tudo transformado em entulho. A destruição é feroz e os impactos ambientais são avassaladores.
A " Caçamba da vez " é a "Caçamba da fala". Dentro dela não existe entulho, mas alto-falantes que reproduzem vozes de 1988 retiradas do áudio "A Constituinte e a Ecologia", pertencente ao acervo do MIS.
As vozes são de Paulo Bastos, então Presidente do CONDEPHAAT(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e Ruben Born, coordenador do CECON (Centro de Estudos de Conservação da Natureza).
O objetivo desta caçamba é ser mensageira e receptora de vozes, oferecer espaço para a sociedade civil refletir e manifestar-se, externando suas opiniões e expectativas perante a situação que ela experimenta nesses bairros (frações de território da cidade), causada pela trágica atuação da especulação imobiliária.
Dia 26 de novembro de 20011.
O primeira foto refere-se à matéria sobre "Patrimônio" na revista da Folha de São Paulo, 11 de dezembro.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário